Quem sou eu

São Paulo, São Paulo, Brazil
BIOMÉDICA ACUPUNTURISTA e FITOTERAPEUTA. • Lato Sensu em Fitoterapia Clinica. 2019 – em curso. MedicalLex. • Lato Sensu em Fitoterapia Chinesa e Brasileira e Dietoterapia Chinesa. 2013 - 2015. Casa da Terra. • Lato Sensu em Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura. 2006 - 2008. ETOSP - Escola de Terapias Orientais de SP. • Especialização em Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura. 2004 - 2006. ETOSP. • Especialização em Saúde Pública. 1991 - 1992. São Camilo. • Bacharelado em Ciências Biológicas - Modalidade Médica - Biomedicina. 1984 - 1987. UMC - Universidade de Mogi das Cruzes. Experiências: Magistério, Assessoria Científica, Análises Clínicas, Artigos no Jornal Centro em Foco (http://www.jornalcentroemfoco.com.br/vivasaude.html), Palestras sobre temas de saúde e acupuntura. Atualmente atuo como Biomédica Acupunturista e Fitoterapeuta em consultório particular, onde viso o tratamento do individuo integralmente. Utilizo acupuntura, LASER-acupuntura, moxa, fitoterapia, dietoterapia chinesa, magnetoterapia e florais (Bach e Califórnia).

sábado, 29 de maio de 2010

Aprendendo a respeitar limites - Um caso clínico

Aprendendo a respeitar limites

Trazida pela filha, a senhora de olhar amedrontado relata as tantas dores articulares que “pesam” em suas juntas.
Articulações inchadas, dores fixas e intensas. Sim, piores no inverno. E como ela tinha medo do frio!
Já teve nefrite algumas vezes... Três, se bem ela se recorda. Ah, e um medo do futuro que lhe incomodava muito.
O medo é a emoção que evidencia o desequilíbrio dos rins... Que governam os ossos, segundo a Medicina Tradicional Chinesa.

Uma historia de vida sofrida. Veio jovem para São Paulo e lutou muito para criar seus sete filhos. Preocupava-se muito em dar a eles uma vida digna. E como se preocupava!
Com tanta preocupação, seu Baço tinha dificuldade em eliminar as “mucosidades” dela resultantes... Sim! Pensar demais gera mucosidade interna, que “pesa” e, nas articulações, causa dores.

Para “dar conta do recado”, optou por uma jornada de trabalho excessiva, em torno de 14 a 16 horas por dia. Costurava em máquina e manualmente todo este tempo... E, como relata, com o encarregado “de olho” para que as costureiras não cochilassem em serviço.
Quando chegava à sua casa, jantar por fazer, roupas para lavar (manualmente!) e a casa toda por limpar. Relata que sentia profunda tristeza com o cansaço, tinha vontade de se jogar no chão mesmo e dormir “um pouquinho só”...
O excesso de trabalho esgota as energias vitais, consome a energia ancestral (jing).

O tempo foi passando e os filhos crescendo... Parecia que tanto sofrer estava por terminar.
Mas o que ela não esperava era que seu corpo gritasse e se rebelasse por tamanha exaustão. Seus limites foram desde sempre desrespeitados, suas necessidades, ignoradas.
Seu corpo protestou e obrigou-a a respeitá-lo, ainda que contra a vontade dela.
Como ele fez isso? Travando e endurecendo as articulações. Sim, ela foi obrigada a diminuir seu ritmo. A principio, insistia em manter tantos afazeres, mesmo sabendo que as dores iriam piorar. E como chorava ao relatar sua sofrida história de vida...


O TRATAMENTO

A primeira e mais importante recomendação foi “AMAR-SE EM PRIMEIRO LUGAR”.
Claro que ela achou isso muito estranho, pois me procurou para que eu lhe aplicasse agulhas e tirasse sua dor, e eu, antes disso, lhe recomendo amor próprio? Para que?

Conversamos sobre os excessos e sobrecargas físicas e emocionais como desencadeadores de desequilíbrios energéticos que geram dor.

Quando ela entendeu o processo, chorou muito mais... Que bom! Começamos a eliminar as mágoas, ou melhor, “más-águas”... Água ruim, água parada que só serve mesmo é para causar desequilíbrio.

Iniciamos o tratamento com florais, as essências energéticas de flores que re-equilibram as emoções. A princípio, rescue, para depois entrarmos com florais mais específicos para suas emoções.

Quanto à alimentação, solicitamos que evitasse os leite e os derivados, pois são perversos causadores de mucosidades... Ah, estas mucosidades!
Outras alterações alimentares visando o reequilibrio energético do organismo também foram aconselhadas (levando-se em conta o aspecto energético dos alimentos de acordo com a visão da Medicina Tradicional Chinesa - MTC).

Ah, “colocamos” as agulhas também... Em pontos para secar as mucosidades, aquecer o frio, fortalecer rim e baço, harmonizar o fígado, tonificar o xue (sangue energético)... Restabelecendo a correta circulação energética nos meridianos e eliminando as “energias perversas”.

O tratamento consistiu em acupuntura sistêmica com agulhas, laserpuntura em pontos de dor, essências florais, orientação alimentar (aspecto energético, segundo a MTC), alguns livros que pedi que ela lê-se (Roberto Shinyashiki, Louise Ray e Augusto Curi, entre outros) e um bate-papo onde ela entendeu os mecanismos de instalação desta síndrome energética dolorosa em seu organismo.

Após dez semanas, ela já sorria ao invés de chorar...

Mais algumas semanas, já estava de malas prontas para uma viagem a Porto Seguro, pois ela “precisava” passear!

Tratamos sim, com agulhas, mas fomos além da “ponta do iceberg”, buscamos as raízes do problema.

Ela passou a respeitar seus limites, melhorou muito a alimentação, eliminou perversidades que desencadeavam dores (tomar friagem, ingerir leite, “engolir sapos”...).

As sessões estão bem mais espaçadas, na manutenção do tratamento.

Outro dia, a filha dela me telefonou, relatando que a mãe está outra. Conta que, quando questionou a mãe sobre suas mudanças de atitude, ela respondeu:
“A Vera falou que eu tenho que ser feliz! E eu gostei! Mereço ser feliz e agora me cuido!”

Que bom!!!

27 de maio de 2010.

Agulhas da qualidade de vida





Agulhas da qualidade de vida
Foto de DANIEL MOBILIA/Diário SP
Vera Lígia Lemos diz que para fidelizar os clientes é preciso ter muita qualidade no atendimento


Matéria de Nathália Braga
editoriatalento@diariosp.com.br



Estudo, conhecimento, técnica, habilidade e preparo. Esses são alguns requisitos para seguir a carreira de acupunturista. “É preciso não ter preconceito para entender que a acupuntura não é uma medicina alternativa, mas um tratamento complexo que tem que ser respeitado”, diz o fisioterapeuta e acupunturista Alexandre Busquim, de 32 anos, que trabalha na clínica Reactive, que fica no bairro de Pinheiros.

Quem atua em algumas áreas da saúde, como medicina, biomedicina e enfermagem, é autorizado a trabalhar com acupuntura. Mas o profissional precisa se dedicar aos estudos, já que as técnicas aplicadas são bem diferentes das usadas na medicina ocidental. Aqueles que não possuem formação superior podem optar por realizar cursos técnicos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). No site www.mec.gov.br, você tem acesso às instituições de ensino e treinamentos oferecidos.

“Nossa profissão está em fase de regulamentação e não há definição sobre a exigência de uma graduação na área da saúde. Essa é uma questão que está em discussão”, conta a acupunturista Vera Lígia Lemos, de 44, que trabalha há 15 anos no setor. As chances para quem quer seguir na área são favoráveis, principalmente, pelo aumento da procura por sessões pelos pacientes que buscam tratamentos alternativos à medicina tradicional.

“A acupuntura se popularizou muito nos últimos anos. Ao mesmo tempo que o mercado cresce, existem aqueles profissionais que não estão preparados para atender o público. Um bom acupunturista precisa se especializar constantemente porque ele lida com a saúde de seus pacientes”, comenta Busquim.

Quem pretende seguir carreira tem que administrar as finanças pessoais. O profissional atende em consultório, que pode ser alugado ou próprio, e cobra por sessão. Não há salário fixo e a renda mensal varia de acordo com o número de pacientes atendidos. Uma sessão custa, em média, R$ 65. “Passei um ano no vermelho quando montei meu consultório. Mas quem está começando pode alugar salas. Só é bom tomar cuidado para não pagar muito caro pelo aluguel e ter que aumentar o preço da sessão”, orienta Vera. Segundo ela, para fidelizar clientes não existe mágica: “O retorno depende exclusivamente da qualidade do atendimento prestado.”


05/04/2010
http://www.diariosp.com.br/Talento/21/agulhas+da+qualidade+de+vida